domingo, 3 de julho de 2011

' T.O.C

As pessoas se apegam com todo tipo de coisa. Outro dia assistindo a algo sobre isso, parei pra perceber o teor de seriedade que certas compulsões carregam por si sós. Auto-diagnósticoFAIL é um incômodo, descobri. Pelo menos, não há de reclamar as pessoas com quem moro, o que guardo comigo está longe de ser material. Mais fácil esvaziar um guarda-roupas de mês em mês das maiores vaidades do que uma memória. Lendo outra coisa um outro dia, algum famoso em ritmo de casório dizia que felicidade é ter saúde e memória fraca - obviamente uma tentativa plausível de se desprender de um passado de libertinagens e quem sou eu pra falar disso, só estou citando fontes. O que incomoda em muitos é meu impulso vital favorito e tá longe de ser agradável às vezes. Olha que se isso tivesse forma, não haveria santo na terra pra resistir a todos os processos de decomposição, como os das pessoas que sofrem das compulsões mais complexas em que armazenam até restos orgânicos. É mais difícil e havia de ser volátil. Desligou, acabou. Que nada vida, why so hard? Mas não abro mão... me divirto fazendo coisas fáceis do tipo esvaziar gavetas e ajudar a quem precisa com as coisas que já não são mais de tanta serventia. E, se porventura alguém se interessar, tenho um banquinho e um violão. Senta que lá vem história.

terça-feira, 10 de maio de 2011

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Passatempo predileto:
quebrar a cara.

sábado, 30 de abril de 2011

' IFod.

Então eu coooorro demais, soÔofro demais, coooorro demais... só pra te ver, meu bem. ♪


Andando na esteira do tempo, onde o ponto de partida é também o de chegada. Confortavelmente. Então eu corro demais, mesmo. E a cada 100 quilômetros percorridos nesta viagenzinha ordinária de todo dia, tropeço na pedra do sofro. Volto a faixa e adeus bateria. A minha e a do NãoPod-mais-ouvir-esta-música. Saciando a sede com conformismo e dá-lhe álcool abaixo, como se quisesse afogar alguma coisa que se recusa a chamar mágoa. Quebrar a rotina é o mais perto que chego de estar longe disso tudo por pura necessidade de negação. Maldita esteirinha-ordinária, repito. Tenho um corinho só pra juntar a ossada e perco peso só nesses pensamentos de correria. Mudo a faixa e lá vamos nós, Marizinha s2 . Não me torture, não simule, não me cure de você♪
Cantoras de mpb sofreram muito, concluo. Só me falta voz. Ou vós. LOW BATERY, LOW BATERY, LOW BAT

segunda-feira, 25 de abril de 2011

' Stay.


Aquele abraço era o lado bom da vida, mas para valorizá-lo eu precisava viver. E que irônico: pra viver eu precisava perdê-lo. (...) Mas a realidade é que não gostamos desses tipos de filme fraco com final feliz, gostamos dos europeus "cult" onde na maioria das vezes as pessoas sofrem e perdem; pena que você não esteja me vendo neste momento, inclusive, pois veria o meu sincero sorrisinho agradecido.

Fernanda (L) Young.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

' Liberdade antes que t(ardia.).


Sempre me ocorre pela manhã essa sensação estranha que percorre meu corpo como sangue que volta a circular depois de algum tempo. Desconfio ser o seu corpo repousado sobre o meu nesses dias de semana em que não se aquecem como nos domingos de meias e pés e cafés e cigarros intercalados. Nos labirintos da minha memória não se dispersa o seu cheiro ilustrando o ambiente matinal - não tão matinal dos pós-festas - em que preparamos essa hibernação metaforicamente confortável. Só depois daquela bandeira branca erguida na minha testa que tive coragem de pintar o quarto e trocar as cortinas da janela que davam no quintal. Foi ali que depois do velório das expectativas e o enterro das frustrações o jardim tomou conta. Voltei a ter fé! Veja bem, não há adubo mais eficaz do que coisas ruins enterradas há dois palmos de terra. Regamos e cuidamos todos os dias, com esse amor reciclado tomando formas tão bonitas. Me cuida que te cuido. Com muito amor.

terça-feira, 22 de março de 2011

' Blá, blá, blá


Fiz de tudo quanto pudesse: de poemas de amor a porres de licor, e você não viu. Não me rogou sequer uma praga certeira pra que assumisse a minha calamidade amorosa. Logo você que tocou o fundo tinha que se conformar com essa posição confortavelmente ordinária da borda. tsc
Aí eu me afogo num copo de cerveja, e que nele esteja minha solução.

quinta-feira, 17 de março de 2011

' A(dor)meci.

O que se ganha é sempre menor ou, em outras palavras, ainda não há maturidade para entender os processos de maneira a considerarem-se úteis também as experiências traumáticas. De traumas talvez eu entenda bem. Dorzinha egoistamente simpática que acaba sendo critério de seleção para formação daqueles grupos aleatórios sentados em bares todos os dias justificando e compartilhando dores. Tive de parar. Tive de parar porque se tem uma coisa que mata é amor, e não é bem do jeito que se imaginam por aí... um simples surto inexplicável que quando diagnosticado descreve-se no óbito como causa-mortis 'paixão'.
Morreria ébria, largada, desiludida e nostálgica sem, como outrora ouvi dizer, um motivo para escrever ou para continuar, e nada disso me soa bonito como essa coisa poética sobre morrer de amor que se ouve todo dia. Mas foi simples como me ocorrem algumas palavras no meio da noite e pra não perdê-las anoto no corpo de uma mensagem de celular e às vezes até as envio a alguém aleatório com medo de que se percam. No meio daquela noite foi bem assim, senti forte algo adormecido e começei a sonhar angustiada coisas indecifráveis. Quando acordei naquele susto de pesadelo as idéias estavam totalmente confusas...
Tiro, festim, você, guerra, ganhar, perder, canhão - mas que bagunça! Não dava pra anotar nada assim tão desordenado, aleatório e nada poético. Pouco tempo depois de vasculhados os pensamentos em busca de uma explicação, havia de lembrar que os sonhos são o lirismo da realidade diária, e que naquele dia anterior uma troca de e-mails talvez me remetesse a algo tão confuso, e era mais ou menos assim:


Re: Divã, meu bom divã

Brother,

realmente queria dizer que é normal sentir essas coisas, essa insegurança e esse medo avassalador sobre o amor. Mas é muita loucura detestar as rosas só pelos seus espinhos. És, somos. Calejos que pouca gente se submeteria em razão de outra pessoa.
Amor próprio, costumo dizer hoje, tem a ver com saber dos limites e desfazer as amarras quando necessário. Amarras enquanto ser submetido a uma situação e os nós que surgem neste percurso. Cegos nós que costumam demorar a desatar ou não se desatam nunca. Nunca é fácil e ainda não conheci quem conseguisse sair ileso de uma relação amorosa, enquanto que até numa guerra muita gente se safe, do amor é pouco provável. O que quero dizer agora, é que muitos foram e ainda muitos existirão veteranos de guerra... tem gente que sobreviveu às metades só pra poder contar sobre como é estar no meio de algo do tipo, mas, que por repetidas vezes não negou-se à luta. No amor vai ser diferente? Só não vá me perder um braço ou uma perna.

With love, Dream On.



A bagunça começava a se desenrolar junto com o também confuso estímulo que há umas horas havia enviado numa troca de e-mails. Não concebia naquele momento que aquilo me fizesse tanto sentido quanto esperava fazer ao meu estimado destinatário réu-confesso esperando sua sentença. A minha própria sentença. Sem forças para divagações, me saltavam novamente aquelas palavras desconexas: você, guerra, ganhar, perder, tiro, festin...

ESSA SUA BALINHA DE FESTIM NÃO COMBINA NADA COM MEU TIRO DE CANHÃO CERTEIRO.

Era isso! A complexidade e a simplicidade da desilusão inoportuna. Escrevi no corpo da mensagem e de súbito começei a digitar teu número: 8... Deus! Sacudi a cabeça no travesseiro aflita mas a tempo. Não era assim que acabava e não haveria inspirações nem palavras para numa outra ocasião reescrever essa história. A ressaca de sono duraria um dia, quem sabe dois... mas aquela agonia já perdurava e não seria menos tortuosa que um porre de vinho todas as manhãs. Teu festim dói sem machucar humilhando o meu matar ou morrer, mas essa guerra só existe se tivermos nós dois. Adormece, coração.

segunda-feira, 14 de março de 2011

E o que é raiva às vezes, é amor pra sempre. Inércia maldita!

sexta-feira, 11 de março de 2011

' Dear psycho,

Ando com preguiça de interpretar o mundo, de entender as pessoas, de procurar os sete erros. Gostaria de ter todas as respostas na última pagina, de ter um manual de atitudes sensatas, de ter o pensamento voltado pra Meca. Queria que houvesse um serviço de telessoluções entregues a domicílio em menos de meia hora. Que gorjeta boa eu daria. Cansei de filme de guerra, holocausto, tortura, exorcismo, crise existencial, seqüestros, erro médico, suicídio, trapaça. Agora só vejo comédia romântica, dessas que não valem o preço do ingresso. Ando abençoando a alienação, eu que tinha uma dificuldade crônica em concordar com os outros, que consumia arte e perversão, filosofia e rock´n´roll, literatura e álcool, Almodóvar e beijos lascivos. Lopes, me quero de volta, eu pago resgate.

Divã – Martha Medeiros

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

' Love.exe



ENCONTRE A SUA METADE!!!



< thought > Dizia o anúncio. A única explicação é que fizeram piada com esse meio-pessoal sem a sua outra meia-parte. Parece que o prazer dos meio-corações é a busca eterna da última peça do quebracabeça mais curto porém mais complicado do universo. Combinemos que misturaram bem as peças dos pobres aflitos tão facilmente identificados nas multidões. Quando pequenos, aprendem a ter medo do bicho-amor que avassala os corações de quem é pego por ele; por essas e outras que histórias ainda mais temidas que remontam o sofrimento dos maus-amores que aprende-se a flexibilizar as necessidades, daí surgindo os corações de metades-universais - adaptáveis a qualquer outra metade - compre um, leve dois (mil). Pensando assim parece ser uma preocupação muito mais social-obrigacional do que uma instiga invisível e inexplicável que ocorre quando se gosta e passa a necessitar algo/alguém. Pobres viúvas!, imaginem. Levar uma vida inteira pra tentar acertar nas escolhas e perder eternamente sua possibilidade de paz seria, no mínimo, injusto. < /thought >

Depois da longa pausa de reflexão, retomei o anúncio que já dizia:

'Já é hora de se apaixonar, descubra quem te completa!' 'Agora vai, encontre um amor!'


Um quase devaneio retomado e um pensamento interrompido; foi assim que deixei pra lá as lógicas e as reflexões profundas quase vãns sobre. No fundo todo mundo sabe o roteiro. As tele-novelas também ensinam todos os dias que existe um final absolutamente óbvio mas que te sugará forças e esperanças durante o percurso, onde até apaixonar-se por si mesmo pode ser caminho. 'Funpass, assine já!' era o último anúncio que sucedia aquele bombardeio de estímulos emocionais que acabariam por guiar a um site de relacionamento qualquer. Suspirei fundo até encher os pulmões e aspirei devagarzinho aliviada. UFFA! Imaginem só... coisa mais remota essa de gostar de alguém! PFF!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

' Sem(nexo)assunto.

Mudaram as estações deixando apenas desleais por quê's e se's.




Mas nada vai conseguir mudar o que ficou...

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

' Inquieta(&)ção


Foi mesmo uma espécie de vamos ou não vamos embarcar nessa. Pensamento traçando o horizonte e areia fria de fim de tarde. Os medos antigos e as turbulentas lembranças das navegações que já tripulara fazia o vento soprar frio também do lado de dentro.
Havia de tomar aquele pequeno barco, uma bússula que já não apontava para o norte com exatidão e que ainda assim conseguia instigar com inversa precisão a ansiedade de traçar caminhos novos, mesmo que o ponto de chegada fosse sempre incerto e os ventos em algum momento pudesse naufragar os sonhos.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Não fiz simpatia, não usei cores de roupas que remetessem a um pedido individual pro ano novo, nem saltei as 7 ondinhas. Concentrei mesmo em uma coisa simples, mas que resumiria qualquer delonga sobre querer algo: que seja doce!

Que seja doce mesmo! O ano, a Ana e o que tiver de vir.