sexta-feira, 8 de abril de 2011

' Liberdade antes que t(ardia.).


Sempre me ocorre pela manhã essa sensação estranha que percorre meu corpo como sangue que volta a circular depois de algum tempo. Desconfio ser o seu corpo repousado sobre o meu nesses dias de semana em que não se aquecem como nos domingos de meias e pés e cafés e cigarros intercalados. Nos labirintos da minha memória não se dispersa o seu cheiro ilustrando o ambiente matinal - não tão matinal dos pós-festas - em que preparamos essa hibernação metaforicamente confortável. Só depois daquela bandeira branca erguida na minha testa que tive coragem de pintar o quarto e trocar as cortinas da janela que davam no quintal. Foi ali que depois do velório das expectativas e o enterro das frustrações o jardim tomou conta. Voltei a ter fé! Veja bem, não há adubo mais eficaz do que coisas ruins enterradas há dois palmos de terra. Regamos e cuidamos todos os dias, com esse amor reciclado tomando formas tão bonitas. Me cuida que te cuido. Com muito amor.

Um comentário:

  1. "Veja bem, não há adubo mais eficaz do que coisas ruins enterradas há dois palmos de terra."

    Tá escreverina, viu..
    Tô adorando gata, esse em especial!<3
    beijos sem queijos!

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