segunda-feira, 7 de maio de 2012

' Hear(t)

A volta do trabalho é sempre mais que um encerramento de ciclo. É, basicamente, o começo da minha esquisita sensibilidade modernista durando seus 15, 20 minutos.
Sabe-se-lá porquê, pra onde ou de quê valem estes frizos mentais, mas engarrafamentos com carros que mal percebi existirem tantos, vão sendo o plano de fundo desta breve epístola. Onde ficou nossa pacatêz? Não parar na faixa: um arrepio! Obedecer a sinalização sem fechar cruzamentos, sem virar notícia do noticiário local: palpitações congeláveis. Sair ileso disso tudo: uma verdadeira batalha sentimental contra todo caos. Volta e meia as pupilas nadam nas águas razas deste aquário ocular, e tudo parece uma poesia só!
MontesClareou, enfim! E só agora faz todo sentido querer ter um coração, homem de lata!

domingo, 3 de julho de 2011

' T.O.C

As pessoas se apegam com todo tipo de coisa. Outro dia assistindo a algo sobre isso, parei pra perceber o teor de seriedade que certas compulsões carregam por si sós. Auto-diagnósticoFAIL é um incômodo, descobri. Pelo menos, não há de reclamar as pessoas com quem moro, o que guardo comigo está longe de ser material. Mais fácil esvaziar um guarda-roupas de mês em mês das maiores vaidades do que uma memória. Lendo outra coisa um outro dia, algum famoso em ritmo de casório dizia que felicidade é ter saúde e memória fraca - obviamente uma tentativa plausível de se desprender de um passado de libertinagens e quem sou eu pra falar disso, só estou citando fontes. O que incomoda em muitos é meu impulso vital favorito e tá longe de ser agradável às vezes. Olha que se isso tivesse forma, não haveria santo na terra pra resistir a todos os processos de decomposição, como os das pessoas que sofrem das compulsões mais complexas em que armazenam até restos orgânicos. É mais difícil e havia de ser volátil. Desligou, acabou. Que nada vida, why so hard? Mas não abro mão... me divirto fazendo coisas fáceis do tipo esvaziar gavetas e ajudar a quem precisa com as coisas que já não são mais de tanta serventia. E, se porventura alguém se interessar, tenho um banquinho e um violão. Senta que lá vem história.

terça-feira, 10 de maio de 2011

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Passatempo predileto:
quebrar a cara.

sábado, 30 de abril de 2011

' IFod.

Então eu coooorro demais, soÔofro demais, coooorro demais... só pra te ver, meu bem. ♪


Andando na esteira do tempo, onde o ponto de partida é também o de chegada. Confortavelmente. Então eu corro demais, mesmo. E a cada 100 quilômetros percorridos nesta viagenzinha ordinária de todo dia, tropeço na pedra do sofro. Volto a faixa e adeus bateria. A minha e a do NãoPod-mais-ouvir-esta-música. Saciando a sede com conformismo e dá-lhe álcool abaixo, como se quisesse afogar alguma coisa que se recusa a chamar mágoa. Quebrar a rotina é o mais perto que chego de estar longe disso tudo por pura necessidade de negação. Maldita esteirinha-ordinária, repito. Tenho um corinho só pra juntar a ossada e perco peso só nesses pensamentos de correria. Mudo a faixa e lá vamos nós, Marizinha s2 . Não me torture, não simule, não me cure de você♪
Cantoras de mpb sofreram muito, concluo. Só me falta voz. Ou vós. LOW BATERY, LOW BATERY, LOW BAT

segunda-feira, 25 de abril de 2011

' Stay.


Aquele abraço era o lado bom da vida, mas para valorizá-lo eu precisava viver. E que irônico: pra viver eu precisava perdê-lo. (...) Mas a realidade é que não gostamos desses tipos de filme fraco com final feliz, gostamos dos europeus "cult" onde na maioria das vezes as pessoas sofrem e perdem; pena que você não esteja me vendo neste momento, inclusive, pois veria o meu sincero sorrisinho agradecido.

Fernanda (L) Young.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

' Liberdade antes que t(ardia.).


Sempre me ocorre pela manhã essa sensação estranha que percorre meu corpo como sangue que volta a circular depois de algum tempo. Desconfio ser o seu corpo repousado sobre o meu nesses dias de semana em que não se aquecem como nos domingos de meias e pés e cafés e cigarros intercalados. Nos labirintos da minha memória não se dispersa o seu cheiro ilustrando o ambiente matinal - não tão matinal dos pós-festas - em que preparamos essa hibernação metaforicamente confortável. Só depois daquela bandeira branca erguida na minha testa que tive coragem de pintar o quarto e trocar as cortinas da janela que davam no quintal. Foi ali que depois do velório das expectativas e o enterro das frustrações o jardim tomou conta. Voltei a ter fé! Veja bem, não há adubo mais eficaz do que coisas ruins enterradas há dois palmos de terra. Regamos e cuidamos todos os dias, com esse amor reciclado tomando formas tão bonitas. Me cuida que te cuido. Com muito amor.

terça-feira, 22 de março de 2011

' Blá, blá, blá


Fiz de tudo quanto pudesse: de poemas de amor a porres de licor, e você não viu. Não me rogou sequer uma praga certeira pra que assumisse a minha calamidade amorosa. Logo você que tocou o fundo tinha que se conformar com essa posição confortavelmente ordinária da borda. tsc
Aí eu me afogo num copo de cerveja, e que nele esteja minha solução.